terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Sobre o ritual do Corte, ou Sacro-Ofício na Umbanda

Existem várias formas de ver esta questão, de uma forma geral este ritual é um moto de acumulação de forças vitais e etérias mais densas, direcionadas para entes do astral no sentido de atender as vontades de alguém para seja quais forem as razões.
Estas entidades são alimentadas e a elas é dada a capacidade energética de realizar prodígios do astral, não discuto a moral de tais pedidos ou a ética de fazer o ritual, mas sua mecãnica é esta.
Estas entidades estão normalmente sempre dispostas à prestar seus serviços em troca de energias, são entes de densidade muito grande e por se encontrarem num plano muito material, não são tão evoluidas e necessitam de acompanhamento constante de outras entidades e seu controle , se possível só pode ser feito por agente mágico ou sacerdote experiente e em dia com suas obrigações ante suas entidades e entes de sua egrégora.
Embora seja um rito comum é muito perigoso em mãos erradas ou pouco treinadas, não necessáriamente são para o bem ou para o mau, se destina à cumprir pequenas missões longe do ambiente de força de seus operadores ou para compensar pontos fracos em determinados aspectos da existência, estes rituais existiram em outras culturas e seus fundamentos são conhecidos por grande parte da humanidade da antiguidade e utilizados de diferentes formas por todo o globo em várias culturas, por exemplo o judaísmo ensina através de sua tradição mecanismos de controle dos gênios e da criação de golens para guardiôes de embientes ou verdaeiros robôs astrais missionados conforme se estruturar seus rituais e a forma de se alimentar os entes, os celtas realizavam tais rituais para convocar e enviar elementais para fazer o que desejavam.
Realmente a questão da utilização ou não de tal ritual não é uma questão moral, é uma questão ética, ela envolve os porquês se fazem as coisas e não o como se fazem.
Os que são contra o tal ritual baseiam sua repulsa não somente numa brutalidade intrinseca ao ritual ou o uso de sangue, veja que muitos que são contra comem grandes quantidades de carnes de todos os tipos em festas e churrascos, que outra coisa não são do que formas rituais de uma cultura que comemora a vida e a alegria, outra razão contra é a dos que não reconhecem como válida a utilização de seres vivos superiores em ritos onde esteja envolvido o medo e a dor dos imolados, esta não é somente uma questão moral e ética, isto pode ser facilmente comprovado por um radiestesista, um vidente da aura ou alguém que domine técnicas de medição dos campos bioenergéticos, lá está registrada a marca energética da dor e do medo e disto se alimentam uma verdadeira legião de seres astrais incontroláveis por este ritual, estas marcas energéticas não estão somente no rito, mas em seus controladores, naquele que pede o ritual, naqueles que se foca o magismo e no ambiente onde tudo encontra eixo, são marcas que permanecem por anos muitas vezes e estabelecem carma difícil de quebrar.
Vc perguntaria: se é tão perigoso e foge tanto do controle, por quê ainda realizam tal ritual ?
Existem muitas razões: a mais simples é a continuação de tradições milenares que são incorporadas às pessoas quase sem pensar, não por maldade ou ignorância mas por respeito à suas tradições, estes ao menos costumam ser disciplinados em seus preceitos e fazeres e devido à correta observação da tradição encontram um eixo de harmonização de tais perigos, mas nunca se conseguirá aliviar o peso energético de seus fazeres, se tornarão realmente cada vez mais fortes no sentido do que é material e denso, e mais distantes de um eixo sutil de trabalho e ligação com entes de planos superiores, tendem à um certo "teto baixo" que na maioria das vezes nem é percebido.
Outra razão para ser contra é o mesmo motivo por que outros são à favor, se o ritual se caracteriza pela condensação de energias e fluidos físico-astrais os adeptos da magia mental focam seu fazer na sutilização de nódulos densos e a livre circulação de forças em equilíbrio sem represamentos ou acumulação, isto fazendo abrem espaço nos campos energéticos para a manifestação de influências mais sutis e a possibilidade de encontrar eixos de fixação à planos mais elevados da existência em suas vidas e a consequente acesso do humano nestes planos.
Existem derivações disto tanto para um lado quanto para o outro mas os motivos principais das duas vertentes são estes: uns acumulam, outros sutilizam.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Multiplicidade

Multiplicidade


Tudo é Umbanda, somos múltiplos, nossa religião nos é dada por Entes muito maiores do que qq um de nós pode conceber, feita a nos municiar de instrumentos para auxilia-los nos trabalhos que desde sempre fizeram para a evolução da Humanidade, da própria Vida e do planeta, cada um com sua capacidade e entendimento, portanto em algum lugar uns se utilizarão de um tipo específico de ritual e em outro lugar isto não terá lugar ou será necessário, porém tudo é Umbanda, a Umbanda é um movimento de muitos e não a manifestação unilateral de uma filosofia, personalidade ou revelação.
Somos múltiplos, muitos e muitas vezes aparentemente nos movemos em direções opostas, mas tudo isto é Umbanda.