sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Trânsito Religioso

O Problema do trânsito religioso na Umbanda está intimamente ligado ao que se apresenta como Umbanda,  não tenha dúvidas que muitos não se agradam do que está disponível.
Sem querer abrir polêmica lembro a alguns que tanto falam sobre a história e o crescimento da Umbanda, principalmente no Rio e em São Paulo, que a Umbanda cresceu muito e se estabilizou durante o crescimento das vertentes tão criticadas chamadas esbranquiçadas, Os Zelistas e os discípulos da Escola de Mirim trouxeram isto como um legado, e é no momento do surgimento de outras vertentes, ditas africanistas ou mesmo herméticas, que levanta a onda neopentecostal no Brasil.
É bem verdade que este movimento neopentecostal é um movimento mundial que repercutiu aqui primeiro vindo dos EUA, mas se observa hoje em todo o globo, até na China existem.
Mas aqui eles ganharam força inegável dos que não aceitaram o crescimento dos cultos marcadamente de raíz africana, enquanto em todo o mundo os neopentecostais tem uma ação evangelizadora e messiânica, aqui eles são combatentes da Guerra Santa que travam contra nós, e pela sedução criada por imagens de poder e força atraem aqueles de personalidade maleável de outros credos.
Os ex-umbandistas que migram para a onda pentecostal o fazem simplismente pois se sentem arrependidos de suas práticas anteriores e da sedução de poder e Glória de um Deus que é fiel, como dizem, simplismente trocaram o foco de seu mercantilismo, antes davam isto ou aquilo para entidades fazerem coisas, agora dão seu testemunho e cerram fileiras se dizendo salvos pelo Senhor, em correntes de prosperidade, dizendo que Deus fará por suas vidas pois creem... são como os judeus do Exodo, à primeira onda sedutora apontando poder e beneces em troca de adoração, contraponto à disciplina e observação do preceito religioso mais laborioso, se ajoelham e adoram o ídolo dourado da moda. Apenas mudou o foco da troca.
Outros se afastam da Umbanda e se dizem sem religião, movimento claro de desencanto, na maioria das vezes não por desacreditar da eficácia dos preceitos e fazeres, mas por não concordar com as práticas do que lhes foi apresentado como religião.
Eu mesmo, muito embora simpatizasse com a Umbanda, sempre me disse espiritualista e que a Umbanda era um culto de irresponsáveis sem noção do que realmente fazem, apoiados somente na confiança sobre o que não tem ideia do que é ou como funciona, um arrebanhamento de gentes sem seriedade e seduzidos pelo fenômeno e não pelo fundamento.
Mudei minha opinião e hoje sou Umbandista, mas ainda acho muitos são irresponsáveis e apoiados em preceitos, práticas e fazeres que não tem a mínima noção de como funcionam ou qual a consequência de seu movimento no astral após fechar a gira e apagar as luzes do terreiro, e pior: hoje eu acredito que existam vários que sabem perfeitamente o que fazem e as consequências do que fazem, porém mesmo assim preferem caminhos que tragam valores mais práticos, contas bancárias, poder e força de persuasão para conseguir lucro e mais poder.
Entendam que não estou dizendo que os fazeres de outros grupos estão errados, sejam de baixa qualidade ou fazeres menores, digo exatamente que as pessoas não tem a menor consciência do que fazem.
Outros ainda, como eu era, se colocam críticos, não negam o valor da Umbanda, reconhecem e são reverentes às entidades, porém não encontram o aquilo com que se afinem, pelos exatos motivos que exemplifiquei na postagem anterior.
Isto é muito claro para mim pois fui um destes afastados ou migrantes e por muitas vezes conversei com outros que colocaram exatamente isto que falei, não adianta esconder o sol com peneiras, o que existe divulgado por ai como Umbanda não é o melhor de nós para estas pessoas, e veja que este movimento migratório não diminuiu e é claramente uma tendência...

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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A medida de meu tamanho

Sou do meu tamanho, e sei disso pela luz em minha fronte, mas também pela sombra que projeto, no Amanhecer bato cabeça saudando a Luz Maior, ao meio dia de pé me banho na Luz, ao anoitecer me ajoelho agradecido por existir, assim quem sabe eu produza menos sombra no chão...
Estou apenas aprendendo e longo é o caminho, com outros que também menos sombra fazem no chão, ... quanta luz...

http://youtu.be/357UuB48cF0