Sem querer abrir polêmica lembro a alguns que tanto falam sobre a história e o crescimento da Umbanda, principalmente no Rio e em São Paulo, que a Umbanda cresceu muito e se estabilizou durante o crescimento das vertentes tão criticadas chamadas esbranquiçadas, Os Zelistas e os discípulos da Escola de Mirim trouxeram isto como um legado, e é no momento do surgimento de outras vertentes, ditas africanistas ou mesmo herméticas, que levanta a onda neopentecostal no Brasil.
É bem verdade que este movimento neopentecostal é um movimento mundial que repercutiu aqui primeiro vindo dos EUA, mas se observa hoje em todo o globo, até na China existem.
Mas aqui eles ganharam força inegável dos que não aceitaram o crescimento dos cultos marcadamente de raíz africana, enquanto em todo o mundo os neopentecostais tem uma ação evangelizadora e messiânica, aqui eles são combatentes da Guerra Santa que travam contra nós, e pela sedução criada por imagens de poder e força atraem aqueles de personalidade maleável de outros credos.
Os ex-umbandistas que migram para a onda pentecostal o fazem simplismente pois se sentem arrependidos de suas práticas anteriores e da sedução de poder e Glória de um Deus que é fiel, como dizem, simplismente trocaram o foco de seu mercantilismo, antes davam isto ou aquilo para entidades fazerem coisas, agora dão seu testemunho e cerram fileiras se dizendo salvos pelo Senhor, em correntes de prosperidade, dizendo que Deus fará por suas vidas pois creem... são como os judeus do Exodo, à primeira onda sedutora apontando poder e beneces em troca de adoração, contraponto à disciplina e observação do preceito religioso mais laborioso, se ajoelham e adoram o ídolo dourado da moda. Apenas mudou o foco da troca.
Outros se afastam da Umbanda e se dizem sem religião, movimento claro de desencanto, na maioria das vezes não por desacreditar da eficácia dos preceitos e fazeres, mas por não concordar com as práticas do que lhes foi apresentado como religião.
Eu mesmo, muito embora simpatizasse com a Umbanda, sempre me disse espiritualista e que a Umbanda era um culto de irresponsáveis sem noção do que realmente fazem, apoiados somente na confiança sobre o que não tem ideia do que é ou como funciona, um arrebanhamento de gentes sem seriedade e seduzidos pelo fenômeno e não pelo fundamento.
Mudei minha opinião e hoje sou Umbandista, mas ainda acho muitos são irresponsáveis e apoiados em preceitos, práticas e fazeres que não tem a mínima noção de como funcionam ou qual a consequência de seu movimento no astral após fechar a gira e apagar as luzes do terreiro, e pior: hoje eu acredito que existam vários que sabem perfeitamente o que fazem e as consequências do que fazem, porém mesmo assim preferem caminhos que tragam valores mais práticos, contas bancárias, poder e força de persuasão para conseguir lucro e mais poder.
Entendam que não estou dizendo que os fazeres de outros grupos estão errados, sejam de baixa qualidade ou fazeres menores, digo exatamente que as pessoas não tem a menor consciência do que fazem.
Outros ainda, como eu era, se colocam críticos, não negam o valor da Umbanda, reconhecem e são reverentes às entidades, porém não encontram o aquilo com que se afinem, pelos exatos motivos que exemplifiquei na postagem anterior.
Isto é muito claro para mim pois fui um destes afastados ou migrantes e por muitas vezes conversei com outros que colocaram exatamente isto que falei, não adianta esconder o sol com peneiras, o que existe divulgado por ai como Umbanda não é o melhor de nós para estas pessoas, e veja que este movimento migratório não diminuiu e é claramente uma tendência...
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